O câncer é uma de doença maligna que ocorre quando há crescimento não ordenado das células em nosso organismo. Essa evolução desordenada das células pode ocorrer em apenas uma parte ou mais do corpo e provoca, por exemplo, a formação de tumores. Quando essa bagunça celular ocorre na mama, verifica-se a ocorrência do câncer de mama que a depender da gravidade pode se espalhar para outros órgãos.
Estima-se que apenas no Brasil, até o momento, sejam pelo menos 66.280 novos casos diagnosticados. Apesar da gravidade, se um tumor com menos de 1 centímetro, for descoberto e tratado ainda em estágio inicial, após tratamento as chances de cura chegam a 95%.
Diante dessa possibilidade tão otimista quanto realista é que cada vez mais se tem incentivado o autoexame em casa, realizado pela própria mulher e exames de rotina para verificar a presença de anomalias na mama.
Mesmo que a presença de alguns sintomas não signifique que obrigatoriamente haverá a presença de tumores, é importante estar atenta.
E diante dessa importância do diagnóstico precoce de câncer de mama é que a campanha do Outubro Rosa tem se fortalecido ao longo dos anos, promovendo conscientização e levando informação a todos os cantos do Brasil.
Como surgiu o “Outubro Rosa”?
Para sabermos como surgiu campanha do Outubro Rosa temos que voltar à Nova Iorque, nos anos 90, época em que foi promovida a “Corrida pela Cura”, cujo objetivo era a arrecadação de fundos para uma fundação que atendia pacientes com câncer de mama.
A partir de então, o evento se expandiu a ponto de ganhar proporções mundiais, mas somente a partir dos anos entre 2002 e 2008 que o Brasil passou a promover ações de conscientização.
Por isso, em apoio à campanha do Outubro Rosa, trouxemos algumas informações para você saber como identificar o câncer de mama.
Fique atenta aos sintomas
Quando não está bem, seu corpo apresenta alguns sinais. É relevante, portanto, conhecer os sintomas e estar atenta a qualquer anomalia – mesmo que algumas mulheres diagnosticadas não apresentem qualquer destas características.
Ainda assim é importante saber identificar qualquer alteração na região da mama e elas podem se apresentar da seguinte maneira:
Ao toque: percepção de inchaço em parte da mama ou caroço nas axilas (nódulo), fixo e geralmente indolor (costuma ser a principal manifestação da doença e ocorre em praticamente 90% dos casos percebidos no autoexame).
No mamilo: saída de secreção (que não seja leite), dor no mamilo ou mamilo invertido (fica voltado para dentro), alterações no bico do peito, vermelhidão e/ou descamação do mamilo;
Na pele: a pele da mama fica avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja (ou descamação da pele), ela pode também apresentar irregularidades (covinhas ou franzidos).
Presente qualquer uma dessas alterações a mulher deve buscar atendimento médico imediato para que seja avaliado a condição devidamente.
A importância da prevenção
Saber como prevenir o câncer de mama pode ser a diferença entre receber um diagnóstico mais ou menos grave.
De modo geral, a prevenção visa impedir o desenvolvimento dos tumores e para isso, seguir um estilo de vida saudável e evitar hábitos prejudiciais como tabagismo, alcoolismo e má alimentação pode ser o fator que irá mantê-la longe de grandes preocupações.
Entre os principais aspectos que influenciam a ocorrência de alterações nas mamas é ser mulher. As chances de uma pessoa do sexo feminino apresentar diagnóstico de câncer de mama são maiores em comparação às pessoas do sexo masculino.
O alcoolismo, tabagismo e obesidade, podem-se acrescentar com outros fatores de risco: alterações hormonais e histórico familiar de câncer de ovário (como agentes desencadeadores do câncer).
No caso dos cânceres, a exposição a fatores de risco pode ocorrer de maneira única (por exemplo: a radiação) ou contínua (tabagismo e alcoolismo), que combinado com outras condições pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores.
É importante evitar o cigarro, consumo excessivo de álcool, alimentos processados e sol em excesso entre as 10h e as 16h. Manter o peso saudável e praticar atividades físicas também são um diferencial para quem quer prevenir o câncer.
E para as mulheres que são mães, a atenção com a amamentação deve se redobrada. O aleitamento materno protege a mãe contra o câncer de mama e tende a afastar da criança a obesidade infantil.
Mas o que fazer quando surgir a suspeita?
Apesar de todos os cuidados, ao surgirem as suspeitas, deve-se buscar atendimento médico imediato. Quanto mais cedo for descoberto, melhor poderá ser o resultado do tratamento.
Além do autoexame, é preciso recorrer à ciência. O médico determinará a realização de exames que poderão, entre eles, ser a:
Mamografia (para visualizar a parte interna da mama – é um tipo de raio X);
Ultrassonografia (auxilia a diferenciar nódulos sólidos e nódulos líquidos);
Ressonância Magnética (exige o uso de contraste e depende das condições de saúde do paciente);
Biópsia (análise de amostra das células ou tecido da mama).
Com base nesses e em outros exames – caso sejam necessários, o especialista identificará o tipo de câncer e a área por ele atingida.
A depender do diagnóstico o tratamento poderá envolver cirurgia, terapia hormonal, quimioterapia, entre outras formas de tratamento, que poderão ser aplicadas de maneira isolada ou combinadas para melhor resultado.
Graças à ciência, os tratamentos com cirurgias agressivas que removiam praticamente toda a mama estão ficando para trás. Atualmente as cirurgias costumam ser menos invasivas, causando assim menos impacto na vida da mulher.
O tratamento escolhido dependerá do tipo e tamanho do tumor e das chances de reaparecimento da doença. A reincidência do câncer dependerá o estágio em que foi descoberto, da idade da paciente, das características do nódulo, entre outros fatores.
Hoje, os tratamentos existentes e disponíveis possibilitam ao menos 400 combinações distintas, permitindo assim a adaptação individualizada dos procedimentos à paciente.
Verificou-se que em caso de não disseminação do câncer para outras áreas – devendo ser identificado precocemente – a sobrevida em cinco anos é de 99%.
É importante ser positiva, porém cuidadosa.
O melhor remédio contra o câncer de mama é a informação e a prevenção. Para mais informações a respeito de tratamentos e exames, entre em contato com a nossa equipe da Clinipae e agende sua consulta.
Disponível em: Câncer de mama. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama. Acesso em: 03 de agosto de 2022.